segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Segunda-feira

Quatro letras nos matam quatro facas
que no corpo me gravam o teu nome
Quatro facas amor com que me matas
sem que eu mate esta sede e esta fome.

Este amor é de guerra. (De arma branca)
Amando ataco amando contra-atacas
este amor é de sangue que não estanca
Quatro letras nos matam quatro facas.

Armado estou de amor. E desarmado.
Morro assaltando morro se me assaltas
e em cada assalto sou assassinado.

Quatro letras amor com que me matas.
E as facas ferem mais quando me faltas.
Quatro letras nos matam quatro facas.

Manuel Alegre

3 comentários:

S. G. disse...

ora aqui está algo que merece o meu aplauso, incessante, durante quatro tempos, seguidos.

não conheço a poesia alegre, mas vou procurar saber mais.

:) obrigao por este presente.

Anônimo disse...

TQM Gostosa! akele bjo da J.

PontoGi disse...

FP,
tb estou a descobrir. Thanks

J.
Un beso muy fuerte. También TQM.