terça-feira, 7 de julho de 2009

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" Longe daqui, mas sob um olhar indiscreto e global, desapareceu o surpreendente habitante da Terra do Nada, como a sombra que há muito era e a mágica leveza dos seus passos na lua. Hoje,
diz-lhe adeus a Cidade dos Anjos, e o mundo, que admirou, no deslizar suave do sincronizado movimento e na clareza irrepreensível do genialmente coreografado gesto, a indissolúvel ligação entre o corpo e a alma. Dificilmente esqueceremos o artista, o cantor, como sempre tendemos a evitar a complexidade da pessoa assolada pelos extremos, a árdua ligação entre a perda e a arte, o sofrimento e o prodígio, a inocência e o pecado, a generosidade e o escândalo." (...)
Moldou a cultura popular mas também parece ter sido, por ela, pela grandiosa máquina da propaganda, pelo público histérico, egoísta e vazio, sugado e vilipendiado até ao extremo do desespero, sintomatizado e espectacularizado em directo, na extravagante e, certamente, indescritivelmente sofrida, perda identitária. "

Cristina Sá Carvalho, Psicóloga
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