quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Carnes e...Carnes

Ao almoço, ligo a Tv. Ainda dá tempo p'ra ver últimas notícias. Escolho a Sic.
Pelos vistos, houve em embargo da UE à carne brasileira. Que chatice!!!!
É preciso, agora, ouvir os mais afectados pela medida.
Em directo de um dos restaurantes brasileiros mais frequentado em Lisboa, o jornalista vai apurando as reações dos clientes. Todos eles são unânimes : " A carne brasileira é a melhor." Substituí-la, só se for por outra da América do Sul, porque europeia "nem pensar". A justificação é simples "se venho cá, é porque quero comer carne brasileira."
De seguida, diz o proprietário: " Tamo tranquilo sim, porque a gente serve, às veizzz, carne européia e o pessoal não se queixa não. Agora é só mudá os pratos, né?

Mais uma prova de que, também na restauração, comemos, muitas vezes, gato por lebre.

Entretanto, recebo uma sms de um amigo:" O que importa é comer, provar a carne, venha ela de onde vier. Na diversidade é que nos tornamos experts. Depois é simples, não gostamos de uma, nunca mais provamos. Vamos fazendo uma triagem. Agora, deixar de dar umas boas trincas, isso é que não."

Ainda as mega flores

Pois é, foi mesmo um dia hiper, mega refixe, principalmente, para os meninos.
Como se não bastasse ouvir de todo o lado (incluindo neste ponto) que a nossa menina aí em baixo ía aparecer na capa da FHM, ainda temos de levar com os gajos todos a babarem-se por causa dos novos atributos da rapariga. Mas pronto, é legítimo. Sim , eu sei, são bem bons.
Ao que parece, o choque foi geral. "Esta é mesmo a Floribela?", "Ui , meu deus!!!", "Não pode ser ela! Que bouuua".
Surpreendente são as conversas paralelas e aqui, meus caros, não são muito diferentes das gajas. A somar ao "bem, a gaja tá bem boua", ao "que mamas descomunais", ao "era isto que estava por trás das saias com flores e dos ténis horríveis?", aparece o "desculpa lá, mas ela fez, de certeza, uma lipo, ou, " são as maravilhas do Photoshop", Oh pá, isso também é da "maquiájem", pá. e a roupa favorece." (....) - confesso que depois de uns minutos me alheei, por completo, da conversa.
De qualquer forma, foi uma animação naquele sítio.
Fossem gajas a falar assim.....

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Um dia super, hiper, mega refixe


Em que plano ficam, agora, as crianças e os idosos?

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Homens do gás

Hoje é dia de "mudança da instalação do gás" , é o que se lê nos comunicados espalhados pelo prédio e pelos elevadores. Até aí, tudo bem.
Chato é ter de ficar em casa à espera que se lembrem que os meus tubos também precisam de uma atenção.
Começaram pelo último andar. Ouço-os nas escadas, aos berros, ouço o bater do material no corrimão e o som estridente de uma máquina e dos assobios que ecoam em cada buraco.
Depois do almoço, ouço o som da campainha. Abro. Dou de caras com quatro homens. Assusto-me, confesso. Respiro de alívio, afinal não são todos para mim.
Entram dois. Passeiam-se entre o hall de entrada, a cozinha e o corredor. Permaneço na sala com a cara enfiada em papéis e artigos de revista.
Levanto o olhar, de repente. Não sei porquê, mas qualquer coisa me chamou à atenção. Talvez o jeito simpático de um deles.
De repente, lembro-me também de uma amiga que ficava doida com os homens do gás. Não podiam, sequer, levar-lhe a velha botija a casa. Passava-se e, dificilmente, se controlava.
Tivesse o aspecto que tivesse, bastava trazer uma botija de gás e ela subia paredes. Só um doce a conseguia acalmar. Nunca percebi aquela metamorfose.
Continuo sem perceber.

Atitude

"A lingerie não é nada, o corpo que a transporta alguma coisa, a atitude que a despe tudo."

Uma frase roubada aqui. Mas que pertence ali.

Depois do primeiro ponto, tudo fica mais fácil. Até lá, andamos às voltas para tentar preencher esse espaço que o antecede.
Ficamos entusiasmados, no início, e são várias as ideias e formas que magicamos para o completar. " Devia começar com isto, acrescentar aquilo, Ah! e, se calhar, falar daquilo não era mau de todo, ..."
and so on. Atingimos o climax.
Na hora do vamos ver: nada. Parece não existir vida cá dentro.
De repente, e porque tudo na vida precisa de ser estimulado, as coisas voltam a compor-se.
Às vezes, basta um toque. Um ponto.